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domingo, 15 de fevereiro de 2015

BRASIL Com R$ 1,5 bi a receber da Sete Brasil, estaleiros demitem

Foto: Carlos Augusto
Com uma carta aos funcionários dizendo que a indústria naval vive uma crise sem precedentes e que os atrasos de pagamento da Sete Brasil tornaram sua situação insustentável, o estaleiro Enseada, no Recôncavo Baiano, demitiu na sexta-feira (13) 350 trabalhadores. O número de demitidos acentua ainda mais a queda de empregados no setor de construção naval. Segundo o Sindicato da Indústria Naval, só em janeiro deste ano, foram cortados três mil postos. A situação é crítica para os cinco estaleiros que têm contratos com a Sete Brasil, empresa criada para gerenciar a construção das sondas a serem usadas pela Petrobrás na exploração do pré-sal. Segundo fontes ligadas à empresa, a Sete deixou de pagar aos cinco estaleiros entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões desde novembro. E é no estaleiro da Bahia que a situação parece mais grave. O estaleiro Enseada, que pertence às construtoras Odebrecht, OAS e UTC, além do grupo japonês Kawasaki, começou a ser construído em 2012 para atender a demanda do pré-sal. O estaleiro já está 82% concluído, mas as obras foram paralisadas desde que a Sete Brasil começou a atrasar pagamentos e três mil trabalhadores foram desmobilizados. As demissões alcançam o estaleiro, que informou a suspensão da produção, assim como outros fornecedores da Sete. A empresa está desde novembro sem pagar o Enseada e a dívida já chega a R$ 500 milhões. Com a inadimplência de seu único cliente, está impossível obter crédito. Leia mais no Estadão.

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